NC# 3 Brasília: a lentidão de Zé do Pife
O cartógrafo acopla-se à trajetória do tocador e vendendor de pifes pelas ruas de Brasília. Neste fragmento de percurso, o ato de caminhar e o de tocar mostram-se intrinsecamente associados num oficio que remete à cosmologia cristã-sertaneja de um Nordeste de outros tempos (que segue co-existindo). Resistente aos vetores do progresso, um devir-sertão, carregado na memória corporal do tocador, invade os espaços e tempos da cidade Moderna, onde a lentidão é a expressão de uma colisão afetiva entre a prática do tocador e as vidas atravessadas por sua passagem.